Estratégia combina inteligência de mercado, governança de marca e outsourcing estruturado para ampliar categorias e acelerar lançamentos

Portobello Grupo redesenha gestão de portfólio para acelerar inovação e entrar em novas categorias

Estratégia da companhia catarinense combina inteligência de mercado, governança de marca e outsourcing estruturado para ampliar categorias, acelerar lançamentos e fortalecer a presença internacional. / Foto: Divulgação


[03.12.2025]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa

O Portobello Grupo vem passando por uma reorganização interna que reposiciona sua área de inovação para além do desenvolvimento de produtos. A empresa catarinense adotou, nos últimos anos, uma gestão integrada de portfólio — apoiada por dados, curadoria global e outsourcing — para acompanhar a velocidade das tendências de design e as mudanças no comportamento dos consumidores. O movimento reflete uma transformação no setor de revestimentos, que tem ampliado a atuação para soluções completas em ambientes residenciais e corporativos.

No centro dessa revisão está a área de Desenvolvimento de Negócios, que passou a operar como um núcleo de inteligência para orientar decisões de portfólio, monitorar concorrência e alinhar lançamentos às diferentes unidades da companhia. A proposta é reduzir ruídos entre categorias, evitar sobreposição de itens e criar parâmetros mais claros para posicionamento e governança comercial.

“Não buscamos apenas ampliar o portfólio: queremos que cada categoria reflita a identidade da marca e entregue valor direto ao consumidor”, afirma Kirla Vieira, diretora de Desenvolvimento de Negócios do Portobello Grupo.

O fortalecimento desse núcleo abriu espaço para o avanço em categorias complementares — um movimento que acompanha o comportamento de arquitetos e clientes finais, cada vez mais interessados em combinações coerentes entre revestimentos, metais e acabamentos. A entrada em segmentos como louças e metais, por exemplo, ocorre a partir de um programa de outsourcing que seleciona fornecedores globais com base em critérios técnicos, ambientais e de conformidade.

Esse modelo reduz a dependência de novas plantas industriais e amplia a capacidade de testar categorias em ritmo mais rápido, algo valioso em um mercado guiado por tendências e por ciclos curtos de renovação estética. A empresa também estruturou processos de auditoria e certificações (como ISO 14001) para garantir padrões mínimos na cadeia global.

Outro eixo dessa estratégia está na governança de mix. A companhia desenvolveu uma ferramenta de acompanhamento em tempo real que permite às lojas visualizar a performance de coleções e ajustar a exposição do portfólio sem depender apenas dos relatórios mensais. O sistema melhora a leitura do que funciona em cada praça e reduz o risco de estoques desalinhados ao perfil do consumidor local.

Embora parte desse movimento tenha impacto direto em resultados, o ponto central — do ponto de vista de inovação corporativa — está na tentativa de transformar um processo historicamente fragmentado em uma operação mais integrada. A gestão de portfólio deixa de ser apenas uma soma de lançamentos e passa a considerar comportamento, governança, consistência e velocidade de adaptação.

A estratégia não elimina desafios, como equilibrar identidade de marca com a expansão para novas categorias ou manter padrões homogêneos numa rede ampla e heterogênea de lojas e fornecedores. Mas sinaliza uma reorganização que acompanha mudanças estruturais do setor: menos foco em produto isolado, mais atenção ao conjunto de soluções e à capacidade de coordenar cadeias dispersas com apoio de dados e processos, afirma a diretora.

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